30 de junho de 2009

Pradip e o Gir Brasileiro





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Ribeirão Preto (SP) – Quem esteve no Brasil recentemente foi o indiano Pradipsingh Bhai Raol, indiano que tem uma longa história com o Gir nacional.

Paradip veio ao Brasil pela primeira vez ainda menino, nos tempos das importações de Celso Garcia Cid e aqui aprendeu a falar a língua portuguesa, o que fez dela o principal elo de ligação do Brasil com a Índia.

Celso Garcia, um homem visionário, que sabia que a língua representava uma grande barreira entre os povos, tratou de acolher Pradip e transformou-o no embaixador dos interesses brasileiros na Índia.

Consta que Celso mandou Pradip para a França para aprender todas as técnicas de Inseminação Artificial e congelamento de Sêmen e isso foi de extrema importância para o desenvolvimento do Gir nacional.

A história de Pradip com o Gir começa com o seu pai, Baradursingji, gerente do gado Gir do Marajá de Bhavnagar, nos tempos em que Celso Garcia Cid estava na Índia tentando trazer zebu para o Brasil.

Segundo histórias de criadores brasileiros que conhecem Pradip e o Marajá de Bhavnagar, foi Baradursingji quem conveceu o Marajá a receber Celso Garcia Cid em palácio e daí iniciar uma relação de amizade entre as famílias do Marajá e Garcia Cid.


Representante

Pradip é a ponte entre brasileiros interessados em Zebu na Índia. Segundo Onofre Ribeiro, que esteve na Índia, “todos que vão a Índia são recebidos e conduzidos por Pradip. Só ele sabe onde tem zebu de qualidade, pois conhece muito de gado e ainda fala português”.

Pradip cuida do gado de brasileiros na Índia. Girbrasil apurou que Pradip mantém um pequeno rebanho de vacas e touros Gir, Nelore e Guzerá de propriedade de vários brasileiros em sua pequena propriedade na cidade de Bavnagar.

Esses animais estão em constante coleta de embriões e congelamento de sêmen. Segundo informações extra-oficiais, cada animal tem um custo de 150 dólares por mês aos seus proprietários.

Pradip também é o representante legal da ABCZ na Índia. É ele que tem autorização, por exemplo, para registrar os animais com o caranquejo da ABCZ.

Pradip foi, e ainda é, uma pessoa de muita importância para o Zebu brasileiro.


































































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Exorcismo



Eu selecionei este video por ter sido feito pela National Geographic.



































































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29 de junho de 2009

Respostas e Aviso


-->Namaskar

O resultado da última enquete ficou assim:

Eles são:
Somente bons amigos = 70%
Um casal gay = 30%

Estes dois ai da foto eu conheço. Eles são um lindo casal gay, embora o que mais desmunheca (de camiseta verde) seja casado com mulher por obrigacao feita pela familia. 

Não esta entendendo nada? Eu te explico:

Como na Índia o namoro entre homem e mulher ainda eh algo raro, os rapazes indianos tem suas primeiras experiências sexuais com outros rapazes, ate porque aqui na Índia tem muito mais homem do que mulher (visto que os indianos matam os bebezinhos femininos).

Ai o fulano cresce e eh obrigado a casar com uma mulher que a família dele escolheu para ele.
Alguns esquecem a vida homossexual anterior, outros não conseguem esquecer e continuam tendo namorados as escondidas.

Mas o que mais acontece, eh que depois de casado, o rapaz tenta logo fazer um filho na esposa, pois as famílias indianas sempre ficam cobrando um neto. Depois de feito o filho, o rapaz passa a ter somente sexo anal com a esposa. Tem uma indiana que eu conheço com sérios problemas “lá” pois o marido só faz sexo anal com ela. Ele manda ela morder o travesseiro para abafar o grito de dor. Ela já teve que ir ao medico diversas vezes por isso. O medico cauterizou, e conseguiu parar a hemorragia do anus dela, mas depois de 1 semana o marido dela já estava novamente fazendo sexo anal com ela.

What is isso?


Este ultimo what is isso? era somente para os novatos, pois os veteranos já conhecem. Assim sendo os acertadores foram: Dita, Mary e Bruno.

A resposta mais detalhada foi a do Bruno “joga água direto em seu orifício anal.”
O triângulo de metal na verdade eh uma ducha certeira que atinge certinho o buraquinho anal.
Deixa limpinho, e depois eh só secar com o papel higiênico. 


COMENTARIOS: Os comentarios feitos no blog Indiagestao por seus leitores, sao de propriedade e responsabilidade de seus autores. Por favor NAO os copie.

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Juliana Paes inspira-se em Aishwarya Rai Bachchan



Qualquer semelhanca eh mera copia.

Veja:















































































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28 de junho de 2009

Para Refletir...



Veja (legendado em portugues).



































































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My Blogger Experience


Namaskar

On July 14th, 2005 I chose Blogger to create INDI(A)GESTÃO, the first blog in Portuguese language about Indian culture and news.

As a Brazilian living in India for the last 10 years and knowing of the difficulty Brazilians have in understanding English, I decided to create INDI(A)GESTÃO in Portuguese and share with my fellow countrymen/women the knowledge I have gathered through all these years of study and practical experience living in India.

I am a teacher and INDI(A)GESTÃO is my classroom.

In it, I am able to dispel wrong concepts and misunderstandings about the rich Indian culture. This classroom is ever growing and I am proud to say that it has crossed the mark of half million visitors!

INDI(A)GESTÃO and I have a very good reciprocal relationship. I give to it as much as it gives to me.

I gave it more than 1500 posts and it gave me more than 300 followers. I gave it all my dedication and it gave me recognition by getting awarded 3rd place as Best Foreign Language blog in Blogger’s Choice Awards 2008.

It has reached readers over 130 countries. INDI(A)GESTÃO has 370 subscribers that receive it everyday trough email and it has inspired dozens of Brazilians to create their own blogs and many are now imitating and even copying my writing style and everything else about INDI(A)GESTÃO.

Thanks to this incredible INDI(A)GESTÃO I have made many new friends, admires and devotees.

Journalists seek my advice. A soap opera was made for TV of which INDI(A)GESTÃO, was the base, is now being aired in Brazil. 

The latest accomplishment was to have INDI(A)GESTÃO inspiring a Master’s degree thesis, where the main element of study of course is INDI(A)GESTÃO itself!

INDI(A)GESTÃO has participated in both Blog Action Day and it will continue to do so.

I can only thank Blogger for allowing me and all other bloggers to express freely our view points in our blogs and try to cooperate as we can with a better world. A world where sharing visions and opinions can hopefully lead to its improvement.












































































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27 de junho de 2009

Isis Valverde




Veja o que a atriz Isis Valverde disse sobre sua experiencia aqui na India:

"Voltei outra pessoa da Índia. Tive uma crise existencial, questionei minha vida inteira". dramatiza a atriz, prestes a completar 22 anos.
Um dos costumes que mais impressionou Ísis nas cidades por onde passou foi a religiosidade através do hábito dos indianos de fechar o comércio às duas da tarde e todos irem rezar nos templos. Pouco depois, tudo reabre e a vida volta ao normal.

"Foi muito estranho ficar num lugar sem meio termo, com tanta riqueza e tanta pobreza".


Fonte: http://www.tvcanal13.com.br/noticias/tenho-de-dar-um-tempo-da-tvdiz-isis-valverde-50279.asp


Isis ficou pouco tempo na India e nao aprendeu que os indianos nao rezam na hora do almoco. Que eles comem e vao dormir, e eh por isso que o comercio fecha.

Os pujas (horario das rezas) sao feitos duas vezes ao dia, uma pela manha e outra por volta das 18 horas (de onde veio o habito dos catolicos rezarem a Ave Maria as 18 horas).

Ainda bem que o Indi(a)gestao existe para explicar a verdade!


































































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Frutas




Veio para a India mas nao aguenta comida apimentada, cansou de comer curry o tempo todo, esta com indi(a)gestao ou (in)diarreia?

COMA FRUTAS!

Ou pare de reclamar e antecipe sua passagem de retorno; pois no verao nao tenho paciencia com turista chato!

Se voce quer tudo limpo, comida sem pimenta, boas condicoes de higiene, entao va fazer turismo em paises de primeiro mundo!

























































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26 de junho de 2009

Intercambio



Interessada em fazer intercambio na India?

Leia isto:

PROGRAMA DE INTERCÂMBIO ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA
FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA ÍNDIA
DE COOPERAÇÃO NO CAMPO DA EDUCAÇÃO
O Governo da República Federativa do Brasil
e
O Governo da República da Índia
(doravante denominados "as Partes"),
Desejando fortalecer as relações bilaterais no campo da educação;
Reconhecendo o profundo impacto da educação nos recursos humanos e no desenvolvimento social e econômico;
Reconhecendo que maiores vínculos entre ambos os países no campo da educação seriam mutuamente benéficos;
Recordando o Acordo de Cooperação Cultural entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República da Índia, assinado aos vinte e três dias de setembro de 1968 (por Indira Gandhi),
Acordam o seguinte:
ARTIGO I
1. As Partes promoverão, quando oportuno, o desenvolvimento de contatos e cooperação entre as instituições educacionais dos dois países, baseados em suas respectivas necessidades acadêmicas e educacionais.
2. Poderão incluir o todo ou parte das seguintes atividades:
    1. intercâmbio de materiais educacionais, materiais de pesquisa e de apoio ao ensino, tanto em nível universitário quanto pré-universitário;
    2. cooperação técnica, missões de trabalho, estudo e visitas técnicas;
    3. mobilidade entre universidades, institutos de pesquisa, escolas técnicas e instituições vinculadas ao ensino médio e fundamental de ambos os países;
    4. promoção conjunta de eventos científicos, técnicos e culturais.
      ARTIGO II
      As seguintes áreas poderão ser contempladas neste Programa:
        1. cooperação entre Instituições de Ensino Superior (IES) e centros de pesquisa da Índia e do Brasil, com ênfase nas seguintes áreas de conhecimento:
        2. i. Matemática;
          ii. Engenharia, Informática e Ciências da Computação;
          iii. Biotecnologia;
          iv. Saúde;
          v. Tecnologias Apropriadas para o Desenvolvimento Sustentável;
          vi. Educação;
          vii. Ciências Sociais e Estudos Transculturais;
          viii. Economia;
          ix. História;
          x. Língua e Literatura;
        3. desenvolvimento, por meio de parcerias e consórcios acordados entre universidades e institutos de pesquisa científica e tecnológica brasileiros e indianos, de projetos de pesquisa integrados, contemplando a realização de missões de trabalho e a promoção da mobilidade de pesquisadores de ambas as Partes;
        4. implantação, em condições de reciprocidade simétrica, de um programa de intercâmbio acadêmico, visando a concessão de bolsas, tanto para brasileiros na Índia como para indianos no Brasil, nas seguintes modalidades:
      1. professores e pesquisadores visitantes;
      2. graduação;
      3. pós-doutorado;
      4. doutorado sanduíche;
      5. doutorado;
      d. estabelecimento, em condições de reciprocidade simétrica, de um programa de fomento a publicações científicas associadas entre representantes das comunidades científicas, brasileira e indiana, priorizando a editoração em meio eletrônico;
      e. implantação de um programa de cooperação educacional pré-universitária voltado prioritariamente para a troca de experiências de inclusão social com alfabetização, educação de jovens, adultos, meninas e mulheres, e oferta de oportunidades educacionais para portadores de necessidades especiais;
      f. estabelecimento de um programa de cooperação inter-institucional visando:
      1. o aperfeiçoamento de instrumentos e metodologias de avaliação educacional e o desenvolvimento de sistemas de estatísticas e indicadores educacionais;
      2. o estudo de procedimentos utilizados pelas Partes para a aceitação de graus, certificados e diplomas dos diversos níveis de ensino;
      g. cooperação no Ensino a distância, priorizando o ensino mediado por computador.
ARTIGO III
A matéria, o objetivo e a implementação de atividades de cooperação no âmbito deste Programa de Intercâmbio Educacional (PIE) podem ser complementados por acordos específicos acertados entre instituições selecionadas nos dois países com base e no âmbito das disposições do presente PIE.
ARTIGO IV
Nada diminuirá a total autonomia de cada uma das Partes, nem quaisquer constrangimentos ou obrigações financeiras serão impostas por uma Parte à outra, durante a implementação do Programa de Intercâmbio Educacional.
ARTIGO V
Os custos das atividades de cooperação no âmbito deste Programa serão financiados nos termos a serem mutuamente acordados, e estão sujeitos à disponibilidade de recursos financeiros.
ARTIGO VI
As Partes estabelecerão um Grupo de Trabalho Conjunto para implementar este Programa. O Grupo de Trabalho será presidido, por parte do Governo da República Federativa do Brasil, por um representante do Ministro da Educação e, por parte do Governo da República da Índia, por um representante do Departamento de Educação Secundária e de Nível Superior, do Ministério de Desenvolvimento de Recursos Humanos. Poderão ser incluídos representantes de outras agências de cada país. O Grupo de Trabalho Conjunto se reunirá alternadamente na Índia e no Brasil pelo menos uma vez por ano ou quando as Partes dispuserem, diferentemente, para aprovar novas áreas e ações de cooperação, revisar e monitorar a implementação deste Programa.
ARTIGO VII
Cada uma das Partes pode solicitar, por escrito, uma revisão ou emenda deste Programa. Qualquer revisão ou emenda acordada por ambas as Partes será parte integrante deste Programa. Tal revisão ou emenda entrará em vigor na data estipulada por ambas as Partes.
ARTIGO VIII
O Programa de Intercâmbio Educacional entrará em vigor na data de sua assinatura por ambas as Partes, com vigência de cinco anos. Será automaticamente renovado por igual período, a menos que uma das partes declare, por escrito, com antecedência de (6) seis meses, sua intenção de suspendê-lo ou substituí-lo. Cada Parte reserva-se o direito, em virtude de razões de segurança, ordem pública ou saúde, de suspender temporariamente, no todo ou em parte, a implementação do Programa.
Feito em Brasília, em 1º de fevereiro de 2006, em dois exemplares originais, nos idiomas português, hindi e inglês, sendo ambos os textos igualmente autênticos. Em caso de divergência de interpretação, prevalecerá o texto em inglês.
PELO GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL
JORGE ALMEIDA GUIMARÃES
Presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento
de Pessoal de Nível Superior do Ministério
da Educação
PELO GOVERNO DA REPÚBLICA DA ÍNDIA
HARDEEP SINGH PURI
Embaixador da República da Índia no Brasil

Fonte: http://www2.mre.gov.br/dai/b_indi_25_5676.htm
















































































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Para Relaxar...



Respire fundo e relaxe...


































































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24 de junho de 2009

Insegurança



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Já estamos no dia 24 de junho, falta somente uma semana para terminar o mês, ou seja, metade do ano já se passou.
Foi então que me veio um friozinho na espinha e a constatação de que ate agora, ainda não tivemos nenhum ataque terrorista este ano.
Claro que isso eh uma noticia ótima, na verdade excelente; mas ao mesmo tempo me da uma insegurança.
Insegurança pois isso foge aos padrões habituais de ataques terroristas a bomba a cada dois ou três meses. Resumindo, isso NAO eh normal!
O que me veio a cabeça eh que desta vez os terroristas estejam preparando algo ainda maior e melhor organizado do que o ultimo, que foi em Mumbai no ano passado (2008).
Espero que minha insegurança seja totalmente infundada.
Será que pela primeira vez na historia recente, a Índia vai passar 1 ano inteiro sem sofrer nenhum ataque terrorista?
Assim eu, e mais 1 Bilhão e 200 Milhões de indianos, esperamos.




































































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Leite Indo-Brasileiro





Brasil Importa Embriões Indianos de Zebu

Depois de 12 anos de negociações para abertura das importações de material genético do zebu indiano, os primeiros embriões das raças guzerá, gir e nelore importados da Índia chegam ao Brasil. A tecnologia foi essencial para que os criadores brasileiros iniciassem esse novo capítulo na história do zebu.

Pelos desertos do estado indiano de Gujirat, o pecuarista brasileiro Geraldo Melo Filho percorreu milhares de quilômetros em busca de rebanhos puros da raça guzerá. Quando desembarcou em Ahmedabad, a maior cidade do estado, ele percebeu que a procura por bons animais exigiria longas viagens pela terra nativa do guzerá, pois, nas proximidades da cidade, grande parte dos animais eram mestiços. Como os indianos criam bovinos apenas para tração e produção de leite, o governo incentiva há vários anos o cruzamento entre zebuínos e raças taurinas leiteiras para garantir mais leite à população. Essa política tem resultado na redução dos rebanhos de zebuínos puros.

Somente quando saiu de Ahmedabad em direção ao deserto, o criador Geraldo Melo Filho pôde encontrar lotes de animais puros. “Os mestiços não conseguiriam sobreviver às temperaturas tão altas e à escassez de comida do deserto. O guzerá, por ter rusticidade, vive bem nessa região. O gado come o que acha, como, por exemplo, palhada de alguma lavoura já colhida e, mesmo assim, dá boa quantidade de leite para consumo das famílias. A pureza dos lotes no deserto é fenomenal”, lembra Melo, que esteve na Índia nos anos de 2003, 2004 e 2006 em busca de bom material genético para importar para o Brasil. Ele é criador de zebu há 28 anos.

Foram mais de cinco mil quilômetros percorridos na tentativa de selecionar bons zebuínos. Uma tarefa árdua que começa a resultar em um final feliz. Depois de mais de uma década de negociações, os governos do Brasil e da Índia assinaram o protocolo sanitário que permite a importação apenas de embriões zebuínos. O acordo foi assinado em fevereiro de 2008, mas os primeiros lotes só chegaram em solo brasileiro em dezembro devido ao excesso de burocracia.

A liberação para o envio da primeira remessa de cerca de 350 embriões (300 nelore e 50 gir e guzerá) aconteceu somente após a intervenção direta do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva junto ao governo indiano durante viagem oficial àquele país, no ano passado. O embaixador do Brasil na Índia, Marco Brandão, também teve participação importante na reta final das negociações. “O empenho do presidente Lula para a concretização dessa abertura foi decisivo. A retomada das importações também é resultado de 12 anos de trabalho abnegado, arrojado e inovador de criadores brasileiros naquele país, com a parceria do Ministério da Agricultura, da Embrapa, da CNA e da ABCZ”, afirma o presidente da ABCZ, José Olavo Borges Mendes, que integrou a comitiva presidencial quando Lula esteve na Índia em 2004.


O pecuarista e vice-presidente da ABCZ, Jonas Barcellos, é considerado pioneiro nessa nova saga do zebu. No final da década de 90, ciente da necessidade de introduzir novas linhagens das raças zebuínas para resolver o problema da consaguinidade, o criador decidiu comprar animais na Índia. “Consegui garimpar bons animais em várias regiões da Índia, mas, na hora de trazer o gado para o Brasil, não consegui a liberação do governo brasileiro, que alegou risco sanitário. A partir daí, foram anos e anos de muito esforço para garantir a reabertura das importações”, lembra Barcellos, único criador brasileiro que na época adquiriu gado naquele país.

Na lista de entraves superados ao longo dos últimos 12 anos de negociações, consta até mesmo preocupações religiosas devido ao fato dos bovinos serem sagrados para os adeptos do hinduísmo, religião predominante na Índia. Por parte do Brasil, os entraves foram ligados à questão sanitária.

Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Inácio Afonso Kroetz, as exigências do governo brasileiro são feitas para os países onde o quadro sanitário apresenta enfermidades diferentes das registradas por aqui.
Os embriões coletados dos animais selecionados por criadores brasileiros na Índia passaram por testes para detectar possíveis enfermidades. Em seguida, foram submetidos à lavagem com substância química para eliminar qualquer risco de doença. Após esse processo, os embriões foram congelados e enviados ao Brasil. Como medida de segurança, uma amostra do líquido extraído na hora da coleta ou lavagem uterina e os embriões degenerados foram enviados junto com os embriões para serem analisados no Laboratório Nacional Agropecuário (Lanagro), em Pedro Leopoldo (MG).

A etapa seguinte será a transferência desses embriões para as fêmeas receptoras. Todas as novilhas que serão utilizadas, cerca de 400, passarão por testes, para detectar possíveis doenças, e por um período de quarentena. Elas ficarão na ilha de Cananéia, local onde fica o quarentenário oficial do Ministério da Agricultura. Comprovada a prenhez, as novilhas serão acompanhas até o parto. Somente depois de novos testes sanitários é que os bezerros serão liberados para os importadores. A expectativa é de que os primeiros exemplares nasçam até o final de 2009.

Cerca de 11 novas linhagens de nelore devem ser introduzidas no Brasil. Entre os importadores desse “sangue novo”, está o criador do Mato Grosso do Sul e ex-presidente da ABCZ, Orestes Prata Tibery Júnior, cuja família teve participação direta em importações passadas. Em busca de animais da raça nelore com boa caracterização racial e de alta fertilidade, o filho do produtor, Ângelo Tibery, viajou para a Índia três vezes. Em uma delas, ele permaneceu quase 60 dias no país percorrendo várias regiões onde há rebanhos zebuínos. “Foi difícil achar material genético de qualidade. Muitas vezes ele saía de madrugada de uma cidade e viajava vários quilô¬metros para chegar em regiões onde se tinha notícia de um bom gado e não encontrava nada. Mas foi possível encontrar bons exemplares ao final das viagens”, conta Orestes. Os embriões dos animais selecionados por Ângelo Tibery ainda não chegaram ao Brasil, mas Orestes acredita que eles trarão uma contribuição importante para o rebanho brasileiro, principalmente em relação à habilidade materna das fêmeas. “Na Índia, as vacas são magras e mesmo assim conseguem criar bem seus bezerros. Precisamos ressaltar ainda mais essa característica nas nossas vacas”, diz.

Fonte: Revista ABCZ













































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Cuidado!



Sempre olhe o vaso sanitario antes de sentar-se nele.

Evite surpresas!










































































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23 de junho de 2009

Discurso de Lula na India




Namaskar

Para voce que se interessa por politica e economia, segue abaixo um dos discursos do presidente Lula aqui na India, na sua ultima visita a este pais em 2007.

Tenha paciencia e leia isso companheiro.

Discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, no encontro com lideranças empresariais indianas, co-patrocinado pela Confederação das Indústrias Indianas (CII) e pela Federação das Câmaras de Comércio e Indústria Indianas (FICCI)

Hotel Taj Mahal – Nova Delhi – Índia

Senhor Arun Jaitley, ministro de Indústria e Comércio da Índia,
Senhor Embaixador Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores,
Senhor Luiz Fernando Furlan, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior,
Senhor Anand Mahindra, presidente da Confederação de Indústrias da Índia,
Senhor Yogendra Modi, presidente da Federação das Câmaras de Comércio e Indústria Indianas,
Meus caros amigos empresários do Brasil e empresários da Índia,
Meus caros amigos da imprensa,

Eu quero fazer a apresentação de um ministro, que não está na mesa, o nosso ministro do Turismo, que, ontem, assinou um protocolo importante com a Índia, o Walfrido Mares Guia.

Quero apresentar o nosso governador do estado do Mato Grosso do Sul, o companheiro Zeca do PT. Quem quiser investir em turismo não pode deixar de visitar o Estado do Zeca e o Pantanal.

Quero dizer que aqui estão presentes vários setores da economia brasileira, como uma instituição de pesquisa importante, a EMBRAPA, representada pelo Clayton Campanhola, que é o seu presidente; empresários importantes do setor agrícola; do setor agropecuário; do setor da cana-de-açúcar e do álcool; da indústria; do setor petroquímico; da indústria da construção; da indústria de aviação, que é o que temos de mais moderno no nosso país; da indústria farmacêutica. O Brasil está aqui representado com uma boa base empresarial. Está aqui o representante da Vale do Rio Doce, nossa grande empresa brasileira. Temos aqui representantes de empresas especialistas em produção de máquinas para produção de açúcar e álcool. Portanto, a base do começo de bons acordos está representada aqui, da parte do meu país.

Eu quero dizer ao ministro Jaitley que a minha visita à Índia é mais do que um compromisso, de coisas em que eu acreditava antes e que acredito agora.
O Brasil e outros países desenvolvidos, durante muitos e muitos anos, tiveram as suas relações comerciais muito voltadas para uma parte do mundo, sobretudo a União Européia e os Estados Unidos. É claro que nem a Índia, nem o Brasil pretendem diminuir os seus ímpetos na melhoria e no aperfeiçoamento das relações com esses dois blocos mais importantes do planeta. Mas é verdade também que os obstáculos colocados nas relações comerciais por esses dois gigantes do mundo, sejam os Estados Unidos ou a União Européia, nos obrigam não apenas a brigar muito nos fóruns multilaterais para que as dificuldades sejam tiradas da pauta, mas, sobretudo, nos obrigam a ter mais criatividade, a pensar um pouco mais no potencial individual de cada um dos nossos países e, com muita sinceridade, aprofundar o debate para sabermos se já atingimos ou não o potencial máximo de relação e de comércio que possamos fazer.
Eu, particularmente, estou convencido de que não atingimos ainda 10% do que poderemos fazer. Não apenas em termos de relações comerciais, mas também de uma interação entre os nossos empresários, com investimentos de empresários brasileiros na Índia, e de empresários da Índia no Brasil.

Estamos começando uma nova era. Uma era em que países emergentes estão ávidos para se consolidar enquanto economias fortes, uma era em que os países emergentes estão preocupados com seus problemas sociais e uma era em que os países emergentes não querem ser conhecidos apenas porque são bons produtores agrícolas ou exportadores de matéria-prima ou produtos in natura.
Queremos entrar na competição que envolve a ciência e a tecnologia. Temos potencial para isso. E isso só será possível se, ao invés de ficarmos esperando que os interessados nos procurem, nós procurarmos aqueles com quem temos interesses em fazer negócios.

Quero dizer aos empresários brasileiros que os empresários da Índia estão mais ousados que os nossos empresários. Os empresários da Índia já estão montando um escritório no Brasil, para tratar dos seus interesses.

Eu acho, meu caro Robson, que está aqui representando a CNI, que está na hora dos empresários brasileiros começarem a garimpar espaços econômicos para vender os seus produtos em outras partes do mundo. Até porque o mundo ficou muito pequeno, as distâncias se encurtaram, a tecnologia ocupou um espaço, nos últimos 20 anos, que não imaginávamos que pudesse acontecer tão rapidamente.

Em se tratando de comércio, ninguém faz favor para ninguém. Ninguém vai comprar da Índia porque tem 270 milhões de pobres. Ninguém vai comprar do Brasil porque tem 50 milhões de pobres. Ninguém vai comprar do Brasil porque tem criança de rua ou porque o Presidente brasileiro é nordestino. E ninguém vai comprar da Índia por causa da situação econômica da Índia, do Brasil ou de qualquer outro país. As pessoas vão comprar quando estivermos preparados para competir, do ponto de vista tecnológico, quando nossos produtos forem de qualidade e quando tivermos a ousadia de não ficar no nosso território esperando que as coisas aconteçam ou que alguém nos procure. Nós é que temos que ir à luta, procurar os nossos parceiros e fazer os negócios que entendemos que precisam ser feitos.

Eu quero dizer uma coisa aos empresários da Índia. A nossa relação com a Índia vem sendo pensada ha muito tempo. E, obviamente, ela só poderia ser concluída se nós ganhássemos as eleições. Ganhamos as eleições e começamos a implantar uma relação que queremos que, nos próximos anos, seja a mais importante relação entre dois países. Não apenas pela população dos dois países, pela grandeza territorial dos dois países, mas pelas similaridades de potencialidades existentes entre os dois países.

Quando há interesse político e quando há perspectiva econômica, não há distância quilométrica que não possa ser vencida. Se um português, antes de 1500, ousava sair de Portugal e dar a volta ao continente africano, para chegar à Índia, para comprar iguarias, nós, agora, não precisamos dar a volta no continente. Nós, agora, temos outros meios de transporte. Nós, agora, podemos transportar as empresas de um país para o outro. Depende apenas de uma decisão política.

E nós temos a oferecer mais do que o Brasil para negócios com a Índia. Quando tomamos posse, tomamos como primeira decisão recuperar a credibilidade do Mercosul. E, para recuperar a credibilidade do Mercosul, era preciso estreitar as relações políticas, diminuir as divergências entre os países que compunham o Mercosul e contribuir para que as economias dos países do Mercosul pudessem ter credibilidade interna e externa.

Acredito que, hoje, estamos numa situação em que eu poderia dizer para vocês: nunca houve uma relação tão sincera e tão forte entre os países do Mercosul como existe hoje. Não apenas Paraguai, Uruguai, Brasil e Argentina. Queremos que toda a América do Sul faça parte do Mercosul, para que um país como a Índia tenha a possibilidade de negociar com todos os países dentro do Mercosul e que o Mercosul possa negociar com a Índia e com outros países em potencial de desenvolvimento. E conseguimos isso sem inventar nenhum milagre.

É importante dizer aos empresários da Índia que, no Brasil, de vez em quando, aparece alguém e inventa um milagre, como se fosse um plano salvador da pátria. Cada um inventa um plano, dando a impressão de que cada um quer carregar a marca de um plano milagroso que salvou a economia.

A experiência tem demonstrado que as coisas feitas dessa forma não dão certo. A experiência tem demonstrado que não existe mágica em economia. Em economia, tem dois componentes que dão certo. Primeiro, é o fato de as pessoas acreditarem na seriedade do Governo; segundo, é o Governo estabelecer uma relação com a sociedade, não permitindo que surja nenhuma novidade na área econômica, que pegue as pessoas de sobressalto.
Possivelmente sejamos, na História recente do Brasil, o único Governo que está estabilizando a economia sem criar nenhum plano econômico. Estamos apenas fazendo o que precisa ser feito.

Em apenas 12 meses, a nossa economia, que tinha um risco de 2400 pontos, caiu para 400. A inflação, que estava projetada para 40%, se Deus quiser, chegará, no meio do ano, aos 6% que estamos nos propondo a cumprir. E estamos com a certeza de que o país está preparado para retomar o crescimento, já sentido em todos os estudos feitos entre novembro e dezembro.
Há uma retomada do crescimento, há uma queda no desemprego de 12,2% para 9%, no mês de dezembro. E temos definido, dentro do Governo e no Congresso Nacional, o Plano Plurianual, que é a definição das prioridades para os próximos quatro anos. E, também, um projeto de lei que cria a parceria Público-Privada, que vai estabelecer os acordos que queremos fazer com os empresários, o marco regulatório, para que as pessoas tenham a certeza de que não serão enganadas em nenhum momento, na medida em que assinem um contrato com o Governo.

Mas não é apenas isso. Vamos precisar de parcerias muito grandes na área de infra-estrutura, porque o potencial de crescimento da nossa economia exige que façamos grandes investimentos nessa área, sobretudo no setor de transporte, nas estradas, nas ferrovias e no setor de energia. Porque, se não oferecermos energia, não poderemos oferecer parceria para que algum empresário invista no Brasil.

É com essa disposição que estamos fazendo esta visita à Índia. É com essa disposição que convidamos os nossos empresários para virem à Índia, com a certeza de que vocês podem repetir, no século XXI, a mesma função desbravadora que os portugueses tiveram, 500 anos atrás, quando descobriram o Brasil.

O momento que estamos vivendo não é para nenhum empresário ficar dentro do seu país, chorando o que não está acontecendo. Ele tem que fazer acontecer e sair pelo mundo, em busca de negócios. Não dá para ficar parado, nem na Índia nem no Brasil, cobrando do Governo investimentos que as pessoas já sabem, de antemão, que o Governo não tem.

É preciso que a gente seja mais criativo, seja mais ousado e que estabeleçamos entre nós um compromisso de fazermos a coisa acontecer. Por exemplo, nós precisamos – e aí interessa não apenas à indústria, mas também ao turismo – estabelecer um vôo entre Índia e Brasil e África do Sul. Me dizia o ministro que, possivelmente, saindo de São Paulo ou do Rio de Janeiro, indo a Johannesburgo, seriam 8 horas, 8 horas e meia, mais 6 horas até Mumbai. Portanto, em 14 horas, nós poderíamos estar aqui na Índia, para fazer turismo ou negócios. E os indianos estariam também no Brasil, para fazer negócios ou turismo.

Eu quero terminar dizendo aos empresários aqui presentes que, se depender da vontade do meu Governo – nós já demos exemplo em Cancun, demos exemplo quando criamos o Grupo dos 3, entre Brasil, África do Sul e Índia – queremos continuar juntando os países com potencial de desenvolvimento, para que possamos, definitivamente, mudar ou, pelo menos, melhorar a geografia econômica do planeta Terra.

Afinal de contas, estou convencido que, se soubermos trabalhar, este século XXI será o século dos países chamados emergentes. Será o século dos países como Brasil, Índia, África do Sul, China, México, Rússia e tantos outros que, durante tanto tempo, foram tratados como se fossem países de segunda categoria.
Ou acreditamos em nós e mudamos o jeito de fazer política, acreditando na boa-fé dos nossos governantes, na criatividade dos nossos empresários e na vontade política dos nossos povos, ou vamos continuar chorando na Organização Mundial do Comércio o fim de um subsídio, que não virá enquanto estivermos chorando. Mas virá no dia em que eles perceberem que temos novas opções de negócio. Eles virão atrás de nós para oferecer o que estão negando nesses últimos 20 anos.

Longe de mim querer afrontar qualquer parceiro comercial. Eu apenas quero ser tratado em igualdade de condições. Eu apenas quero receber o respeito que dou. E acho que Índia e Brasil não são pouca coisa, não representam pouco no campo econômico, no campo da ciência e da tecnologia. Portanto, vai depender muito de nós. E vai depender muito dos empresários brasileiros e dos empresários da Índia.

Quero que vocês saibam que, da nossa parte e da parte do Governo brasileiro, estaremos ávidos, estaremos trabalhando para que a gente possa consolidar definitivamente essa parceria. Uma parceria econômica, uma parceria política, uma parceria que envolva ciência e tecnologia, mas, sobretudo, uma parceria que estabeleça uma relação de confiança, sem que nenhum país queira ter hegemonia sobre o outro país. Parceria de verdade. Parceria comercial, parceria política, parceria cultural. Acho que poderemos ensinar ao mundo que, durante muitos anos, fomos povos colonizados e sabemos que a colonização pode ter ajudado no início, mas não trouxe os frutos que os nossos povos esperavam. E queremos, do ponto de vista comercial, do ponto de vista político e do ponto de vista econômico, decidir mais livremente quem são os parceiros que podem ajudar as nossas economias a crescer.

Quero desejar a todos vocês toda a sorte do mundo e dizer que vamos ter uma exposição internacional, em novembro, aqui em Delhi, onde vai ter um pavilhão do Brasil. Você pode trazer um avião, Botelho, e colocar aqui. Um pavilhão de 5 mil metros quadrados, para que os empresários brasileiros possam colocar os seus produtos aqui. E acho bom. Eu dizia ao ministro Furlan e ao ministro Celso Amorim que, quando retornar ao Brasil, vou convocar uma reunião da CNI, da Federação das Indústrias de todos os Estados, da Federação do Comércio e vou fazer um desafio, para que vocês aprendam a vender mais do que reclamar.

Muito obrigado.

Fonte: http://www.radiobras.gov.br/integras/04/

Veja:

























































































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