29 de fevereiro de 2008

Vacas na Rua




Namaskar




Estas fotos da Marisa Silveira mostram algo muito tipico aqui na India, vacas (animais) nas ruas das cidades. Nem a capital do pais, Nova Delhi, escapa!!




Incredible India!




Om Shanti

28 de fevereiro de 2008

Prato Organico

Radios Online com Musicas Indianas


Namaskar

Segue abaixo uma lista de radios online de diversos paises com musicas indianas. Nao verifiquei se esta atualizada.

106.2 HUMFM - UAE ==> http://www.humfm.com/humfm.asx

RadioOfIndia - Bollywood ==> http://www.radioofindia.com/asf/bollywood.asx

RadioOfIndia - Bhajans ==> http://www.radioofindia.com/asf/bhajans.asx

RadioOfIndia - Classical ==> http://66.238.65.109/classical

DesiSoundz - India ==> http://desisoundz.com:8000/

Sabras radio - UK ==> http://ct1.fast-serv.com:8744/

Haagstad Radio - Holand ==> mms://81.205.146.32:21/haagstadradio

RadioTeenTaal - Paris ==> http://www.radioteentaal.com/masala128.wax

ApnaRadio - USA ==> http://www.apnaradio.com/live/media24/ApnaRadio.asx

BombayBeats FM ==> http://www.1.fm/player/energybbfm32k.asx

Punjabi Radio - UK ==> http://azul.streamguys.com/panjabradio?MSWMExt=.asf

Amrit Bani - UK ==> http://62.25.97.192/amritbani?MSWMExt=.asf

Yarr Radio - UK ==> mms://193.218.160.20/yaarradio

Sunrise FM - UK ==> http://62.25.96.7/sunrise

Radio XL - UK ==> http://www.vtuner.com/vTunerweb/mms/m3u13219.m3u

Asian Gold Radio - UK ==> http://62.25.96.7/asiangold

Asian Sound Radio - UK ==> http://www.vtuner.com/vtunerweb/mms/mms15278.asx

Sanskar Radio - UK ==> http://www.vtuner.com/vTunerweb/mms/m3u18290.m3u

Trishul 90.5 FM ==> http://www.vtuner.com/vtunerweb/mms/mms14734.asx

Radio Apni Awaz ==> mms://67.15.80.29/radioapniawaz

Radio India - Canada ==> mms://live.radioindiabroadcasting.com/liveradio

City 101.6 FM - Dubai ==> http://asx.abacast.com/arabian_radio-city-24.asx

DDLive Video - India ==> http://164.100.51.209/ddlive?MSWMExt=.asf

AajKal - Asian Network ==> http://stream.servstream.com/ViewWeb/BBCRadio_music/Event/BBCAsianNetwork_hi.asx

BBC News ==> http://www.bbc.co.uk/worldservice/meta/tx/nb/live_news_au_nb.asx

RadioSuno ==> http://69.26.220.46/RadioSuno

Om Shanti

24 de fevereiro de 2008

Filmes Indianos de 2007


Namaskar

Estes foram os filmes indianos de Bollywood que fizeram sucesso em 2007:

Chak De India

• Guru

• Om Shanti Om

• Taare Zameen Par

• The Namesake

Como ja era de se esperar, o filme • Gandhi My Father nao fez sucesso, apesar de ser o melhor de todos os filmes de 2007; pois mostra como Gandhi negligenciou os filhos e a familia e NAO permitiu que seus filhos estudassem. Resultado: um de seus filhos morreu como indigente nas ruas de Delhi!!!!!!!! Triste, muito triste mesmo!!!

Gandhi foi bom para a nacao, mas para a familia...... era outra coisa. Voce nem imagina!!!

Como o filme Gandhi My Father mostra o lado menos nobre de Gandhi, nao fez sucesso pois aqui na India o povo gosta mesmo eh de tampar o sol com a peneira e detestam os filmes que mostram a verdade sobre a India e certas figuras historicas indianas.

Não deixe de assistir!!

Incredible India!

Om Shanti

Relogio Mundial

Namaste

Clique no link abaixo (em ingles) e veja a quantas anda o mundo....

http://www.poodwaddle.com/worldclock.swf



Om Shanti

21 de fevereiro de 2008

Mini Musculo























Namaskar

Aditya 'Romeo' Dev eh o menor alterofilista do mundo.

Romeo eh da cidade de Phagwara aqui na India. Ele pesa somente 9 quilos mas consegue levantar alteres de 1.5 quilos.

Seu treinador Ranjeet Pal gasta horas treinando Aditya, que tem 19 anos de idade.


Incredible India! (slogan do governo indiano)

OM Shanti









Ibira na India - Parte 4

Hoje meu relato nao tera nada de "primeiras experiencias" e situacoes engracadas. Apenas irei expor um pouco do que pude ver em mais um dia de Incredible India, como diz a Sandra.

Ainda no primeiro dia na vila de Parshuram o meu amigo havia comentado que a India, alem das milhoes manifestacoes de Deus, tambem tem mais outras milhares de linhas filosoficas que tenatm explicar a vida do ponto de vista racional/cientifico. Ele resolveu nos levar, entao, a um casal que estava la para disseminar a filosofia do Agnihotra. Ele disse que pela vila ter um relativo fluxo de turismo, muitas pessoas desse tipo vao ficar um tempo por la. Bom, encontramos com o casal, como eles pediram, as 18:36. Era a hora exata em que o sol se poria naquele dia. Nessa hora um ritual eh realizado, com o mais absoluto silencio, em que umas plaquinhas de algum material inflamavel sao corretamente dispostas em um objeto que, segundo eles, eh uma piramide invertida, e enfim tudo eh queimado ao som de mantras. Eles dizem que a pratica diaria deste ritual - ao nascer e por do sol - purifica a pessoa e os ambientes, pois, de forma simplificada, a veneracao do fogo pode proporcionar o nosso retorno a forca primordial. E para dar a essa filosofia um carater cientifico, eles fazem testes por exemplo com a agricultura, em que uma plantacao que recebe a Agnihotra tem melhor desempenho que a que nao recebe o ritual. Enfim, verdadeiro ou nao, meu amigo mais uma vez deu-me a oportunidade de conhecer mais uma faceta da India. E eh importante dizer que a India REALMENTE tem muitas filosofias acontecendo ao mesmo tempo, seja ajudando-se entre si, seja falando extremamente mal uma da outra. Essa eh a India.

No dia seguinte meu amigo nos levou pra conhecermos a escola privada que existe ali do lado da vila. A escola eh excelente, mas o que mais me chamou a atencao foi ver as criancas todas juntas no ginasio cantando os mantras da manha. Nao quero fazer julgamentos sobre isso, mas o que gostei foi de ver como as criancas cantavam bem e como elas pareciam felizes fazendo aquilo. Depois disso foram todas para suas respectivas classes. Conversamos um pouco com alguns professores que meu amigo apresentou, tomamos o famoso cha, e fomos embora.

Naquela tarde fomos as montanhas. Nos acompanharam uma professora da escola particular e dois meninos da vila. Nessa epoca do ano tudo esta muito seco pois nao chove desde as ultimas moncoes, em outubro/novembro, mas nos contaram que durante a epoca de chuva tudo eh extremamente verde, com rios e cachoeiras. Eh isso que da fama tambem ao lugar e atrai turistas que buscam pelo que no Brasil chamamos de ecoturismo. Quando estavamos no topo da montanha paramos pra descansar. Um dos meninos, de 16 anos, havia trazido uma flauta e comecou a tocar. Poucos minutos depois um veado (animal) passou correndo entre nos, o que nos disseram ser a coisa mais rara de acontecer, pois restam pouquissimos na regiao. Nao deu nem pra tirar foto.

Depois prosseguimos pela montanha e chegamos nas ruinas de um pequenino templo de Shiva perdido no tempo. Mais a frente havia umas minusculas cavernas escavadas em rochas no chao, grandes o suficiente apenas para ficar sentado dentro delas. Em cada uma havia um espacozinho para um altar, mas ja nao havia estatuas de deuses ali. Disseram-nos que os arqueologos supoem que aquelas cavernas possam ser do tempo dos Pandavas, ou seja, mais de 5000 anos, mas ninguem sabe ao certo. Na India eh extremamente comum voce andar e topar com alguma coisa que talvez seja milenar do tempo das grandes escrituras sagradas indianas - inclusive com lendas dizendo terem sido criadas pelos proprios deuses da mitologia - mas sem absolutamente nenhuma conservacao ou algo do genero. O que dizer do que certamente deve estar ainda escondido debaixo da terra?

Fechamos esse dia com a visita ao hotel que tem um pouco afastado da vila. Eh um hotel que recebe principalmente os turistas indianos ricos que vao para a regiao (tem ate heliponto). O hotel eh realmente muito bom, com tendas para massagem, piscina, sauna, restaurante chique e quartos completamente e indiscutivelmente confortaveis. O preco? O mais simples 3500 rupias. E quanto eu paguei em Mumbai no meu primeiro dia assustador? Quase 3000 rupias. Eu disse que diria o que poderia ter tido com esse preco e estou dizendo agora. Quando vi o hotel e seu luxo e conforto fiquei me chamando de idiota por algum tempo. Mas tudo bem, vale a maxima "vivendo e aprendendo".

A noite levamos minha amiga brasileira a estacao de trem pois ela voltaria ao Brasil no dia seguinte. O dia seguinte, por sinal, era meu aniversario, 5 de fevereiro. Meu amigo e a mae dele apenas me deram parabens, nada de especial. O especial desse dia eh que teriamos que sair de Parshuram para ir a Ashta, perto de Kolhapur, mais ao sul do estado de Maharashtra, ja bem pertinho de Goa. La fica a universidade do meu amigo e tinhamos que ir pra la e ficar la. Entao logo depois do almoco partimos, de onibus local do governo, e chegamos a noite.

Deixe-me so explicar como funciona essa historia do onibus. Na India viaja-se demais e cada estado tem sua companhia estadual de transportes. Entao, seja la onde voce estiver dentro de um mesmo estado, todos os onibus serao absolutamente iguais, seja nas cidades, seja entre cidades. No Maharashtra os onibus sao de metal (digo isso pois vim a saber que em alguns lugares sao de madeira), nao tao confortaveis, sao apertados para pessoas como eu de 1,87m de altura, sentam duas pessoas de um lado e tres do outro, ha pouco espaco para andar no meio e a porta abre com trinco igual de porta de casa. E como em tudo na India, voce primeiro entra, depois espera o condutor (eh assim mesmo que chama) passar para poder pagar e receber seu tiquete.

Agora comeca outra parte importante das minhas aventuras na India que deixarei, de novo, pro(s) proximo(s) relato(s), claro.

Om Shanti Om

Telefone Popular


Namaskar

O telefone do povo
Depois do carro mais barato do mundo,

O mundo foi apresentado em janeiro passado ao automóvel mais barato do mercado. O Nano, da empresa indiana Tata Motors, terá quatro portas, motor com a metade da potência de um veículo popular brasileiro e custará o equivalente a 4500 reais. Na semana passada, foi a vez do celular mais barato do planeta. Criado pelo grupo indiano Spice, o aparelho, que chega às lojas asiáticas em março, custará 20 dólares – isso sem o subsídio das operadoras. Batizado de "telefone do povo", ele lembra um walkie-talkie dos anos 70, acrescido de teclas. Não surpreende que produtos como o Nano e o "celular do povão" sejam lançados na Índia num curto intervalo. Com os mercados ricos saturados e os Estados Unidos à beira de uma recessão, só há um caminho para os grandes conglomerados industriais atingirem o ritmo de crescimento exigido por seus acionistas: focar nas populações de baixa renda em países como a Índia, a China, a Rússia e, em menor grau, o Brasil. A conquista desses mercados requer a formulação de produtos extremamente baratos e despojados de luxo. Eis a lógica por trás do Nano e do telefone de 20 dólares.

A descrição de tal estratégia agitou o mundo corporativo em 2002, ao ser abordada em The Fortune at the Bottom of the Pyramid (A Fortuna na Base da Pirâmide), livro do indiano C.K. Prahalad, professor da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. O problema é que a indústria não pode desprezar as exigências dos consumidores mais ricos. Nesse campo, os fabricantes de celulares aproveitam a rápida difusão em todo o mundo da tecnologia de terceira geração dos celulares (3G). Esses sistemas permitem que os telefones móveis se conectem à internet por banda larga. Na prática, as redes 3G tornam viável o uso dos telefones não só para navegar na web, mas para criar receitas adicionais, como a proveniente de anúncios. Na semana passada, o Google apresentou alguns dos primeiros recursos do seu sistema de navegação para celulares, batizado de Android. A tecnologia permite a realização de buscas pelo site, a consulta de mapas e o uso da ferramenta street view, disponível nos Estados Unidos, em que o usuário visualiza a rua de uma cidade como se estivesse caminhando pela calçada. Existem no mundo pouco mais de 3,3 bilhões de celulares – um aparelho para cada dois habitantes. Em três anos, devem ser 4 bilhões. Vale tudo para conquistar todos os segmentos dessa freguesia.

Colaborou: Nicolas

Incredible India!

OM Shanti

20 de fevereiro de 2008

Respostas

Namaskar

Hoje eh dia de respostas!

Conhecimentos Gerais 4: Essa foto mostra os saquinhos que contem nada mais que sementinhas, principalmente erva doce, que os indianos adoram comprar pra ficar mascando. Tem alguns que sao com sabores diversos, coloridos e algumas tem tabaco. Eh facil encontrar em todos os lugares que voce for e os saquinhos sao jogados no chao.

Conhecimentos Gerais 5: Essa foto mostra um banheiro indiano ocidentalizado, embora nem tanto. A estrutura de metal nada mais eh que uma mangueirinha acoplada para lavar as partes intimas com a ajuda da mao esquerda. Observe a torneira ao lado. Basta liga-la para limpar-se. Nada de papel higienico!

Conhecimentos Gerais 6: A Tati acertou na mosca o funcionamento dessa alavanca. Copiei e colei o que ela disse: "Explico: como o 'rickshaw' parece uma moto com uma casinha por cima, deduzi que o funcionamento do motor foi preservado (ou invertido - pois na moto empurra com o pé e no carinho puxa com a mão)." Ou seja, aquela alavanca serve para dar a partida no motor do autoriquixa, simples assim.

Sidney: Nossa, que bacana saber que seu amigo de Portugal ficou sabendo sobre a radio Esoterica atraves do Indiagestao. O Blog Indiagestao eh o blog sobre a India mais lido tambem em Portugal.

Mirella: Muito obrigada por informar que o Indiagestao foi citado no famoso blog de viagens do Ricardo Freire. Fiquei muito feliz em saber!

Marcia: Na verdade, os filmes indianos de Bollywood exploram tanto a imagem masculina quanto a feminina. No caso do ator Hrithik Roshan, o que aconteceu eh que ele se tornou um icone de Bollywood por seu corpo malhado e flexibilidade ao dancar as famosas cenas de danca dos filmes. Entao tanto as mulheres sao apaixonadas por ele, quanto os jovens tentam copia-lo.

Eugenia: Em todas as cidades na India que voce for havera vacas nas ruas. Nas zonas rurais elas sao consideradas bichos de estimacao e, nas grandes cidades, nada mais sao que resquicios dessa cultura. No entanto, como nao ha capim nas cidades pra elas pastarem, acabam comendo o lixo do chao.

Mari: No videozinho viamos uma rua de Goa com indianos mesmo. A diferenca de Goa eh que ela sofreu colonizacao portuguesa, o que fez com que muito da cultura mudasse e ficasse mais ocidentalizada. Por isso as mulheres nao usam o sari.

Jose: Eu sinceramente espero que o sexo em troca de remedio seja feito com camisinha. Mas pelo que conheco da India, e estou aqui ha 8 anos, tenho grande desconfianca que seja sem camisinha mesmo e inclusive que eles tambem tenham AIDS.

Cintia: Para encontrar filmes indianos eu recomendo entrar na comunidade Amo o Cinema Indiano (http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=5656205), pois ha pessoas que podem fornecer esses filmes no Brasil, via correio. Caso tenha internet de banda larga, tambem da pra fazer download de varios filmes. Nao espere legendas em portugues, no maximo havera em ingles, se tanto.

Luciana: Os precos dos Saris variam muito e tem para todos os gostos e castas da India. Os mais simples custam umas 200 rupias (10 reais) e os mais elaborados, com bordados e pedrarias para casamento, chegam a custar ate 100.000 rupias (5.000 reais). Mas eh muito comum encontrar saris para festas, por exemplo, em torno de 40.000 rupias (2.000 reais).

Sobre o carro Tata Nano: Eu reconheco que o Nano eh um feito da engenharia automobilistica que conseguiu fabricar um carro de quatro portas por um preco popular. No entanto, eu, particularmente, creio que este carro nao seja adequado para um pais super populoso como a India e com um trafego tao caotico. Alem de piorar ainda mais o transito, ja que muita gente que nao tinha carro vai compra-lo, a poluicao do ar vai ficar muito mais grave.

Joao: Sim, existem brasileiros casados com indianas, mas eh minoria.

Tita: Quanto a cirurgia plastica, por enquanto apenas os atores e atrizes de Bollywood aderiram. Nem mesmos os grandes empresarios ainda nao ligam pra isso por aqui.

Andyzinha: Sim, sim, na India tem barata para todos os gostos, embora haja menos das voadoras. So que elas aparecem mais no verao, como no Brasil.

19 de fevereiro de 2008

Ibira na India - Parte 3


Quando acordei na minha primeira manha de vida realmente indiana tive novas experiencias muito interessantes e que me comprometi a experimentar.

A comecar, logo que acordamos os macaquinhos (sao tipo o Rhesus, pra quem conhece) estavam nas arvores atras da casa. Meu amigo disse pra irmos falar bom dia pra eles e alimenta-los com umas frutinhas secas. Assim fizemos e logo eles foram embora. Depois soube que todas as manhas eles vem fazer a visita. Enfim, enquanto la estavamos alimentando os macaquinhos, a mae do meu amigo nos chamou pra tomarmos o "cha". Pensei: "Oba, que legal, eles tomam cha no cafe da manha". Porem, quando vi a mae do meu amigo preparando o cha vi que as coisas eram meio diferentes. O cha em si sao umas folhas de cha preto colocadas no leite, junto de gengibre e cardamomo. Nada de cha com agua como eu pensava ate entao. Mas beleza, achei o cha uma delicia, repeti e ainda comi as bolachinhas que tipicamente acompanham os chas na India - e tanto melhor se elas forem mergulhadas no cha.

Em seguida fomos a casa da vizinha e repeti o cha e as bolachinhas uma vez mais. Meu cafe da manha reforcado estava bom, pensava eu. Mas eis que minha amiga brasileira que estava conosco disse: "Ibira, isso ainda nao eh o cafe da manha, voce sabe, ne?". Nao era o cafe da manha?? Virge maria.... e de fato, em seguida voltamos pra casa e la estava o cafe da manha do dia: Wara Pao. Wara eh tipo um bolinho de batata condimentado, do tamanho de uma coxinha, que eh comido com o Pao, um pao (com o acento til, por favor, que nao tem nesse teclado) redondo. E nao pensem que o negocio eh pequeno nao. Ainda repeti por insistencia da mae do meu amigo. Nossa senhora, se eu soubesse que o cha fosse so entrada nao teria nem comido as bolachinhas. Mas valeu a experiencia, como sempre.

Pior voces vao achar a experiencia seguinte a que me submeti e segui fazendo assim nos dias todos subsequentes. Devo dizer que ainda nao tinha feito o "numero dois" na India ate entao. Estava apertado, realmente, e aquela seria a hora. Meu amigo ja tinha me apresentado o banheiro (um buraco no chao com base de porcelana), o baldinho, a agua e o sabonete. Lembrei que eu tinha o papel higienico na mala. Mas de repente pensei que eu seria hipocrita demais em usar o papel higienico se eu mesmo estava pedindo ao meu amigo que me oferecesse a verdadeira vida indiana, o real cotidiano deles. Entao por que nao baldinho com agua apos fazer as coisas no buraco?? Pois foi o que fiz e achei a coisa mais simples e limpa. A gente poe a mao naturalmente em coisa muito suja por ai, porque nao em nos mesmos e depois simplesmente lavar bem lavado na agua com sabao? Essa minha experiencia indiana que eu jamais esperava vivenciar na vida foi mais um sucesso.

Bom, imediatamente em seguida a isso veio a outra importante experiencia do banho indiano. Pra quem nao sabe nao ha chuveiro nas casas da India, apenas torneira com agua, um balde grande e um baldinho menorzinho. Por sorte na casa do meu amigo tinha agua quente a gas tambem. Ah, e so pra acrescentar e voces entenderem, o lugar do "toilete", ou seja, o buraco no chao, eh separado do lugar do banho; sao portas separadas. Bom, e la fui eu tomar banho de baldinho. A experiencia foi de novo bem legal. Na verdade nada demais, mas nao deixou de ser uma experiencia nova pra um tipico paulistano. O que achei mais legal eh saber como da pra tomar um bom banho com pouca agua. Basta molhar o corpo primeiro, depois ensaboar-se e depois enxaguar-se; nem um balde inteiro eh necessario.

Acho que nesse momento encerram-se as minhas "primeiras experiencias" mais importantes, porque praticamente tudo o que aqui coloquei como tendo feito pela primeira vez segui fazendo nos dias subsequentes e tudo ficou normal pra mim. So pra repetir tudo: comer sentado no chao e com as maos, dormir em colchonete, fazer coco no buraco e limpar com a mao (ah sim, esqueci de dizer que fiz isso com a mao esquerda, como diz a regra), tomar banho de baldinho e tomar cha indiano de entrada ao acordar, o que nao eh cafe da manha. E sim, comida apimentada e condimentada sempre.

Bom, nesse meu primeiro dia realmente indiano o meu amigo tambem nos levou no templo da vila. O templo eh dedicado ao Lorde Parshurama (que deu nome a vila, Parshuram), que eh uma das encarnacoes de Vishnu. A lenda diz que Parshurama vivia ali e ele que fundou o templo, mas ninguem sabe de quando eh exatamente o templo. Foi o primeiro templo que visitei na India. Ele eh pequeno mas muito bonito, na tipica arquitetura indiana, com alguns milenios de vida, talvez. Tambem tive a oportunidade de ver a vila melhor, ja que antes estava noite e nao pude ver direito. Eles nao sao tao pobres assim ali, ja que, por causa do templo, ha um relativo fluxo de turistas que vao pra la e o povo ganha um dinheirinho vendendo bujigangas. Mas o turismo la eh de indianos, nao de estrangeiros, entao devo dizer que eu era um ET na vila. Eu e minha amiga.

Fico por aqui, sem camundongos e indianos me enganando. No proximo relato contarei um pouco mais sobre a vila e a regiao do entorno.

17 de fevereiro de 2008

Ibira na India - Parte 2




Em primeiro lugar queria pedir desculpas pela demora em mandar um segundo relato, mas nos ultimos dias foi impossivel utilizar a internet. No meu ultimo relato eu havia dito que apos o susto de Mumbai eu pude ter dias maravilhosos na India. Isso de fato eh verdade. Quando encontrei com minha amiga no aeroporto em Mumbai depois de um dia de India assustador pra mim, no's fomos a uma estacao de trem onde partiriamos a uma cidade 300km ao sul de Mumbai, onde um amigo indiano online que eu nunca tinha visto a cara estaria me esperando. A viagem de trem, apesar de ter sido a maior parte diurna, foi na "sleeper class", ja que duraria 7 horas. Esse tipo de vagao, embora relativamente confortavel para os padroes indianos, possui apenas estruturas para deitar, onde cada "nicho" possui tres andares de "cama" de cada lado.

Bom, eu nao dormi, mas pude ficar relaxado. No mesmo nicho que estava eu e minha amiga sentou uma familia cujo pai falava ingles e ele pode nos ajudar a saber em que estacao deveriamos descer, exatamente. Para estrangeiros nos trens indianos, sentar com pessoas confiaveis pode significar realmente uma grande ajuda, ja que em muitos casos eles nao medem esforcos para realmente ajudar.

As sete da noite chegamos em Chiplun, ja estava noite e a plataforma estava escura. Pensei: "Meu Deus, como meu amigo vai me reconhecer nessa escuridao??". No entanto, nem um minuto depois, escutei: "Hey, Mr. Tree" (meu nome, no Tupi-Guarani, pode ser traduzido para "arvore" e meu amigo sabia disso). Era ele, meu amigo online que eu nunca tinha visto a cara me encontrando na escuridao - ele ja tinha visto a minha em foto.

Da estacao em Chiplun pegamos um riquixa (meu primeiro) para a vila em que ele mora, chamada Parshuram, onde ficariamos na casa dele. Ao chegarmos na vila a mae dele ja nos esperava do lado de fora, junto com os vizinhos dos dois lados. Nos receberam com um enorme sorriso de boas vindas e deixamos as malas. Meu amigo nos levou pra dar uma volta na vila enquanto a janta ficava pronta e, por sorte, estava havendo um evento na escola publica da vila muito interessante. Ele me contou que a vila eh muito pequena e que as pessoas sao muito pobres, alem de ter muito mais gente morando nas areas mais afastadas - e sao principalmente eles que tem seus filhos estudando nessa escola publica. Para os outros com um pouco mais de dinheiro existe ali na vila tambem uma escola particular excelente, que foi onde meu amigo estudou. Bom, nessa escola publica estava havendo um encontro que so acontece uma vez por ano, onde as criancas dancam e cantam temas tradicionais, inclusive com as roupas tradicionais, o que eh motivo de muita emocao para os pais dessas criancas. O que mais me impressionou, no entanto, foi como o palco estava bem montado e bonito, com panos coloridos e cortina que subia e descia, embora a estrutura em si fosse no estilo indiano - barras de madeira amarradas com cordas.

Voltamos pra casa e pela primeira vez tive que tirar o sapato ao entrar em casa indiana - isso eh regra. Em seguida, fomos a cozinha e cade a mesa? Sentamos no chao. Imediatamente chegaram os pratos de inox - outra regra indiana - com a comida indiana que eu tinha pedido que fosse feita sem se preocuparem com a pimenta. E cade os talheres? Nao, nao, come-se com a mao. Direita, por favor. Eu havia pedido ao meu amigo que nada fosse feito de diferente so porque eu estava la, pois eu queria experimentar TUDO o que eles faziam normalmente, absolutamente tudo. Queria experimentar a vida indiana, o cotidiano. Digo que minha primeira janta plenamente indiana foi absolutamente um sucesso, considerando os fatores pimenta e comer com a mao.

Encerro esse meu longo relato com minha primeira noite tambem realmente indiana. Os comodos das casas na India, via de regra, nao tem exatamente as mesmas funcoes que no ocidente. A sala tem cama, o quarto tem cama e a cozinha tem cama. Eu e meu amigo dormimos na cozinha - no chao (em colchonetes, claro). Quando eu estava quase dormindo ouvi uns barulhos na cozinha. Meu amigo disse: "Eh o camundongo, voce nao tem medo nao, ne?". E eu, querendo viver tal qual eles e procurando sempre relaxar quando via que eles estavam plenamente relaxados disse: "Nao". No dia seguinte tive mais algumas primeiras experiencias tipicamente indianas, mas deixo para o proximo relato.

16 de fevereiro de 2008

Corte indiana questiona demissão de comissário "bigodudo"


Namaskar


da BBC Brasil


A Suprema Corte indiana pediu explicações formais da companhia aérea estatal Indian Air sobre um comissário de bordo que teria sido demitido por usar um bigode maior do que o permitido pelas regras da companhia.


Victor Joynath De afirma que foi forçado a se aposentar em 2001, depois de passar um período em funções administrativas em terra, por ter se recusado a raspar o bigode, que se estende do nariz até as bochechas.


Ele já perdeu uma ação contra a empresa em uma corte de menor instância, que considerou que a Indian tinha o direito de demiti-lo. De acordo com as regras da empresa área, os tripulantes só podem trabalhar barbeados. Bigodes só são tolerados se não ultrapassarem a largura do lábio superior.


"Como alguém pode perder o emprego por causa do tamanho do bigode?", perguntaram membros da Suprema Corte, numa declaração à agência indiana Press Trust.
A empresa aérea tem até quatro semanas para enviar suas explicações sobre o caso.


A disputa judicial do comissário de bordo começou quando ele passou a ser colocado em funções administrativas e depois foi forçado a se aposentar.


Um porta-voz da empresa disse na época que alguns passageiros poderiam ficar irritados como bigode.


Victor, que trabalhou para a empresa durante 20 anos, disse "ter orgulho" do bigode, que demorou 25 anos para atingir a forma atual.


"Eu nunca pensei em raspá-lo. Durante o tempo em que trabalhei como comissário, meu bigode atraía olhares adoráveis dentro e fora do avião", disse ele.


Folha Online



Foto: Internet/Google (recorte de algum jornal)


Incredible India! (slogan do governo indiano)


Om Shanti

Dicas Basicas de Viagem


Namaskar

Em ingles temos um ditado que diz: "When in Rome do as the Romans do", ou seja, quando estiver em Roma, faca como os romanos.

Quando vier a India, faca como os indianos, quando for ao Japao siga o exemplo dos japoneses e assim por diante.....

Quando voce viaja para um outro pais, estado e ate mesmo cidade aproveite a oportunidade para imergir por completo na cultura local e vivencia-la em todos seus aspectos.

Experimente os pratos tipicos do lugar, coma so com as maos, coma com hashi (pauzinhos japoneses), beba a bebida local, ouca a musica, aprenda o modo de dancar, va ao cinema e assita a filmes e novelas, use roupas e acessorios e aprenda umas palavras basicas como 'por favor, bom dia e obrigada'.

Mesmo que voce seja uma pessoa de situacao financeira confortavel, nao fique presa dentro de uma 'bolha' num hotel 5 estrelas. Caminhe pelas ruas, pegue o transporte local, fale com os nativos do lugar, enfim, experiencie e absorva o mais que puder do lugar onde voce esta.

Lembre-se que voce esta so de passagem, voce eh apenas um visitante, um turista e voce tem poucos dias para vivenciar o local que voce escolheu para viajar. Nao perca tempo e aproveite todas as oportunidades que se lhe apresentarem. Se te convidarem para uma festa, va. Se te convidarem para um casamento, va....

Usando o seu bom senso, voce vai aprender muitas coisas novas sobre a cultura e vai evitar problemas. Se te convidarem para mergulho nas corredeiras do rio Ganges e voce nao sabe nadar, gentilmente recuse o convite. Use seu bom senso para nao entrar em fria e para aproveitar ao maximo a sua estada.

Nao destrua o patrimonio historico-arquitetonico-artistico do lugar. Respeite a natureza e o meio ambiente. Procure nao sujar nada, nao arrancar plantas e flores, nao provocar e maltratar os animais e por favor, se voce vier a India, nao compre produtos feitos de marfim, ossos de animais, peles de tigre e outros bichos em extincao. Seu bom senso eh seu guia e com ele voce tera uma agradavel experiencia onde quer que voce va neste planeta com seus mais de 200 paises!!

Faca sua mochila/mala e boa viagem :)

Foto: caiuaficha.com.br

Com o Indiagestão você viaja sem pagar nada e fica conhecendo TUDO que ha de melhor!



Incredible India!


Om Shanti

15 de fevereiro de 2008

Mais um Casamento Indo-Brasileiro


Namaskar

Hoje dia 15 de Fevereiro de 2008 mais uma moca brasileira casou-se com um rapaz indiano :)

Ja somos mais de 20 casais de brasileiras casadas com indianos ;)

E tem tambem uma portuguesa que se casou em 2007.

Como eh bom poder compartilhar com voce uma notica boa como essa! Mostrar para voce que o amor vence barreiras de lingua, cultura, religiao etc.

So o poder do Amor pode vencer barreiras que a priori parecem intrasponiveis...

Um come com a mao, outro come de garfo, um usa a caneca d'agua no banheiro, outro usa papel higienico, um celebra Krishna outro celebra Cristo... e com amor, carinho, compreensao, respeito, paciencia, entendimento, pessoas de culturas e crencas tao diferentes vao tocando a vida juntos, lado a lado, sendo o principal apoio um do outro nas horas boas e alegres e nas horas nao tao boas e nem tao alegres da vida.

Enquanto pessoas da mesma lingua, da mesma cultura, do mesmo estado ou cidade se separam, brigam, se divorciam, nos aqui vamos seguindo felizes dentro de nossos casamentos de opostos, de contrastes, e de eterno aprendizado um com o outro... de uma cultura com a outra.

Eh absolutamente lindo ver um comendo curry super apimentado enquanto o outro come pure de batata... embora tao diferentes, seguindo juntos pela vida..........

Incredible Love!!!

Om Shanti

13 de fevereiro de 2008

Experiências da Katarina na Índia – Parte 2


Namaskar

Repassando mais um depoimento da Katarina....

Sempre que puder virei compartilhar com vocês um pouco de minhas vivências por aqui...

Já' estive em duas cidades, Mumbai e Delhi... cidades grandes, com monumentos e arquitetura muito bonitos... porém me atraem pouco por serem grandes centros metropolitanos. .. No entanto, a diversidade de cores, formas e rituais na Índia e' tão intensa que e' impossível não ficar "atônita" com tanto movimento e encantada com tamanha beleza e peculiaridade cultural.

No momento encontro-me em Rishikesh, uma pequena cidade 'a beira do rio Ganges. Desde que cheguei a Rishikesh 2 dias atrás, sinto como se a viagem estivesse finalmente preenchendo minhas expectativas, pois minha maior motivação em conhecer a Índia e Nepal e' de cunho espiritual, filosófico e artístico.

Rishikesh e' referência na Índia por abrigar inúmeros ashrams (centros de yoga e meditação) e templos. As pessoas são extremamente gentis aqui, algo que realmente nos toca profundamente e impressiona. Confesso que não tive nenhuma experiência "transcendental", mesmo após participar de algumas palestras com Gurus, mas me sinto "transformada" por presenciar o que achava ser algo difícil de acontecer na pratica: o constante servir aos outros. Isso realmente e' uma realidade em Rishikesh e algo extremamente belo de se ver.

Para que possam compreender um pouco o que acontece aqui em Rishikesh, podem imaginar uma realidade na qual uma atmosfera espiritual se mostra presente sempre, sendo uma constante no dia-a-dia das pessoas. Isso e' fascinante. Um exemplo concreto desta realidade e' o fato de que as pessoas realmente fazem o possível para satisfazer as demandas e desejos dos outros, como se em sua própria felicidade estivesse inserida a felicidade do outro.

Outro dia comentei ao recepcionista do hotel que tinha achado muito bonita uma manta exposta na recepção, como enfeite, e qual foi minha surpresa escutar ele perguntando se eu gostaria que ele a embrulhasse para mim! Ainda estou curiosa quanto ao que vou perceber da realidade do Nepal, porém isso fica para os "próximos capítulos" (risos...).

Katarina

Foto: Rio Ganga (Ganges) tirada pela Katarina

Montadora indiana lança carro mais barato do mundo


Namaskar

A montadora indiana Tata Motors lançou nesta quinta-feira o carro mais barato do mundo, na maior feira de carros da Índia, na capital Nova Déli.

O veículo, chamado Tata Nano, será vendido na Índia por US$ 2,5 mil (aproximadamente R$ 4,5 mil) e, por enquanto, a montadora não tem planos de vender o carro fora do país.

O automóvel, que possui quatro portas e cinco lugares, começará a ser vendido no final deste ano.

O carro não possui ar-condicionado, janela eletrônica ou direção hidráulica, mas dois modelos de luxo serão oferecidos.

Mercado indiano
Previsões indicam que o mercado automobilístico da Índia deve crescer nos próximos anos. O país tem uma das economias com maior crescimento no mundo e tem registrado um aumento no poder de consumo da população.

Estimativas apontam que as vendas de carros indianos devem mais do que quadruplicar e alcançar a marca de US$ 145 bilhões em 2016.

O diretor da companhia Ratan Tata disse que o lançamento do Nano é um marco na história do transporte.

Ele disse que o carro é "seguro, econômico e possível de ser usado em qualquer clima". "É um carro do povo, feito para atender todas normas de segurança e regras de emissão e acessível a todos", afirmou.

Críticos ambientalistas disseram que o carro vai aumentar os problemas de poluição nas já congestionadas rodovias indianas.

Mas a Tata afirma que o carro passou em todos os testes e que percorre uma média de 20 quilômetros com um litro de combustível.

UOL noticias

Foto: Internet/Google

Veja charges (piadas) abaixo sobre o carro mais barato do mundo, o Tata Nano.

Incredible India!

Om Shanti

Charges sobre o carro mais barato do mundo, o Tata Nano





12 de fevereiro de 2008

Trailer do filme Chakde India

Sobre a II Mostra de Filmes de Bollywood em São Paulo


Namaskar

No dia 8 de fevereiro (sexta-feira passada) coloquei no blog uma chamada para a II Mostra de Filmes de Bollywood em São Paulo.

Minha xará Sandra foi assistir alguns filmes e fez a gentileza de escrever suas impressões sobre o evento. Segue abaixo:

“Profª Sandra,
Veja as minhas impressões sobre a II Mostra de Filmes de Bollywood aqui em São Paulo.

Sábado. E lá vou eu para II Mostra de Filmes de Bollywood. Entusiasmada, cheguei cedo. Pensava cá comigo, lá encontrarei pessoas expert em filmes indianos. Indicariam filmes, falariam dos seus ídolos etc. Decepção. Não foi bem assim, as pessoas que abordava (sim! sim! meu entusiasmo era tamanho que abordei várias pessoas) conheciam menos que eu.
Na sala de cinema, cento e tantas pessoas sentavam confortavelmente nas poltronas. Sentei na última fileira. Pontualmente começou o filme Dilwale Dulhania Le Jayenge. Tudo bem, apesar da longa duração e uma legenda em português de arrepiar os cabelos.

Em seguida, passou um documentário muito bom sobre Bollywood, pena que curtinho.
Mais uma pequena pausa, e, finalmente o meu queridinho filme KRRISH.

Começa o filme. A platéia quieta. Na primeira lágrima derramada pelo ator. Risos. Na primeiro passo de dança. Mais risos. Os homens eram os que mais riam. Final do filme, os atores se debulhando em lágrimas e eu com a impressão que parte da platéia estava assistindo uma comédia. Coitadinho do meu queridinho Hrithik Roshan. Fui ao banheiro e lá encontrei uma rodinha de meia dúzia de mulheres. Interpelei: Gostaram do filme? Um coro se formou: A D O R E I. E O ATOR ENTÃO. LINDO! Fiquei feliz.

Lição do dia: só indique o filme KRRISH para mulheres. (pelo menos aqui no ocidente)
Domingo. Oito horas da noite. Começa o filme Chak De! Índia. A platéia um pouco menos numerosa. E eu na penúltima fileira atenta a reação das pessoas e no filme. Clima totalmente diferente do dia anterior. Senti que as pessoas se emocionavam, torciam. No jogo da seleção de hóquei contra as argentinas então... No meio do filme a minha direita ouvia soluços de choro. Final do filme. Unanimidade. todos acharam o filme lindo!

Lição do dia: indique o filme CHAK DE! ÍNDIA prá todo mundo.
Durante esta semana assistirei Jhoom Barabar Jhoom e Laaga Chunari Mein Daag - Journey of a woman.
Até mais,
Sandra.”

Indianas dizem sofrer abuso sexual para receber tratamento anti-Aids

Namaskar

da France Presse, Nova Déli

Funcionários de um instituto médico são acusados de abusar sexualmente de pacientes soropositivas em troca de exames e medicamentos na Índia. A denúncia foi feita neste sábado, num relatório divulgado em Nova Déli.

A polícia está investigando as denúncias apresentadas contra vários empregados do Instituto de Educação Médica e Pesquisa de Chandigarh, segundo o jornal "Times of Índia".

As mulheres que apresentaram queixas de abuso sexual são, em sua maioria, pacientes jovens dos bairros mais pobres da cidade.

"Um técnico me ajudou. Ele me deu muitos remédios e me fez exames sem nenhum problema, mas tudo isso em troca de favores sexuais", declarou ao jornal uma jovem viúva de 27 anos, que não quis se identificar.

Segundo ela, o funcionário pediu-lhe que procurasse outras meninas para seus colegas que trabalham neste mesmo centro de assistência e tratamento da Aids.

Folhaonline

Incredible India!

Om Shanti

Nova prosperidade da Índia não beneficia classe trabalhadora

Namaskar


Quase 95% da força de trabalho indiana permanece na informalidade. "Queremos dar aposentadoria e benefícios de saúde a esses trabalhadores, mas isso está longe de acontecer", diz representante do governo.

Raymond Thibodeaux
em Nova Déli

Mesmo em meio ao tráfego caótico de Nova Déli, com buzinas tocando e caminhões e ônibus em disparada, o local de trabalho de Omprekash Takur permanece um refúgio de calma e tranqüilidade. O que é bom, pois a especialidade de Takur são os cortes de barba.

Takur passou quase dez anos nesta barbearia, ou o que faz às vezes de barbearia: um pequeno pedaço de calçada com uma cadeira enferrujada, uma mesa de plástico para seu equipamento de barbeiro, dois pares de tesouras, um pente e um espelho quadrado pendurado no tronco de um tamarindeiro, com as folhas escurecidas pela fuligem e a poeira levantada pelo tráfego.

"Meu pai me ensinou a fazer isso quando eu tinha 7 anos e desde então o faço. Meus professores me batiam por faltar às aulas, mas eu gostava de ganhar dinheiro cortando cabelo", disse Takur, 27 anos, magro e moreno, colocando uma nova lâmina no aparelho.

As ruas das cidades indianas estão cheias de pessoas como Takur - barbeiros, limpadores de ouvidos, sapateiros e alfaiates, um pelotão de assistentes pessoais para as massas urbanas do país, em plena rua.

Mas para muitos deles a ascensão econômica da Índia reduziu sua base de clientes, pois cada vez mais indianos são capazes de pagar versões mais caras de seus serviços nos novos shopping centers.

A enorme riqueza que está sendo gerada pela florescente economia da Índia demorou para chegar ao nível da rua, onde a maior parte dos 400 milhões de trabalhadores do país desempenha seus ofícios.

Geralmente, os empresários das ruas têm pouca educação e capacitação, e trabalham em uma economia informal e sombria que fica aquém da maioria das proteções do governo. Conforme a Índia cresce, a distância entre ricos e pobres parece aumentar.

Com um índice de inflação de 6%, a nova Índia parece estar prejudicando os pobres, que são mais duramente atingidos pelos aumentos no preço das necessidades básicas, como comida e aluguel. Isto aumentou os temores de inquietação social neste país de 1,1 bilhão de pessoas, enquanto uma crescente e cada vez mais inquieta subclasse é deixada à própria sorte na boa maré econômica do país.

"São nossos eletricistas, nossos encanadores, nossas empregadas domésticas e motoristas. São a espinha dorsal de nosso sucesso econômico, mas vivem em favelas", disse Ranjana Kumari, diretor do Centro de Pesquisa Social em Nova Déli, uma agência não-governamental focada na mão-de-obra da Índia.

"Existe um grave defeito nas políticas do governo que regem nossa economia. Precisa haver mais iniciativa do governo para cuidar desses trabalhadores e lhes dar uma parcela maior da riqueza", disse Kumari.

Até agora, o governo pró-crescimento da Índia não quis sobrecarregar as empresas com regulamentos caros que fariam exatamente isso. E muitas empresas indianas não estão dispostas a absorvê-los como empregados formais, que teriam direito aos poucos benefícios já exigidos por lei: benefícios de saúde, aposentadoria, férias e licenças remuneradas.

Em conseqüência, cerca de 95% da força de trabalho indiana permanece informal e desorganizada. "Idealmente, queremos formalizar toda a nossa força de trabalho, lhe dar aposentadoria e benefícios de saúde e assim por diante, mas isso vai levar muito tempo", disse Pronab Sen, o principal estatístico do governo indiano.

Parte do impasse é que cada vez mais indianos das zonas rurais estão abandonando suas fazendas e mudando-se para áreas urbanas em busca de melhores empregos como motoristas de riquixás, varredores de rua e barbeiros. Esses trabalhadores são difíceis de contabilizar e muito mais difíceis de organizar.

"O setor informal é uma transição muito importante entre as áreas rurais e as cidades. E ele permite que as pessoas aprendam diferentes ofícios que são mais úteis e pagam melhor", disse Sen.

À sombra do tamarindeiro, Takur mergulhou seu pincel de barba em água quente e fez espuma em mais um rosto, o terceiro em uma hora. Ele disse que geralmente consegue ganhar pelo menos US$ 6 por dia, o triplo do salário diário da maioria dos indianos. É o suficiente para sustentar sua mulher e seus três filhos, de 6, 4 e 2 anos.

Perguntado como o sucesso da Índia o beneficiou, ele disse: "Não sei".

Mas Ranjit Singh, 25, um motorista de táxi riquixá que espera sua vez na cadeira de barbeiro, indicou que Takur aumentou seus preços no ano passado.

"Sim, é verdade, mas isso não foi realmente um lucro para mim", disse Takur, usando a palma da mão para tirar a espuma da lâmina. "Meu suprimentos estão mais caros, por isso preciso transferir o custo para o cliente."

"Seus custos aumentaram um pouco", disse Singh. "Mas você mais que duplicou seus preços."

UOL Noticias

Incredible India!

Om Shanti

11 de fevereiro de 2008

Jornal eh Barato!

4 Reais por 1 mes de jornal entregue na porta de casa.

Incredible India!

Om Shanti

Indianas na Construção Civil








Namaskar


Isso eh algo que me chamou a atenção em 1999 assim que cheguei aqui na Índia – as mulheres indianas trabalhando na construção civil.

As mulheres aqui não tem medo de trabalho pesado, elas preferem pois ganham mais do que se fossem ser empregadas domesticas.

Aqui na Índia os homens assentam os tijolos para fazer paredes mas quem carrega os tijolos, a areia, o cimento, a água são as mulheres. 

Elas também quebram pedras, carregam pedras, concreto, lenha e uma infinidade de coisas, enquanto carregam nas costas seus filhos bebes amarrados e quando eles são maiores, eles ficam sempre por perto ate atingir idade para ajudar a carregar peso também.

Os homens indianos também carregam peso mas como a mão-de-obra feminina e infantil eh mais barata, os empreiteiros preferem contratar mulheres pela metade do preço.

Direitos Iguais?
Na verdade o fato das mulheres indianas trabalharem na construção civil e na lavoura como os homens, não significa um progresso e muito menos a obtenção de direitos iguais mas sim EXPLORAÇÃO.

Seria um caso de direitos iguais se elas ganhassem o mesmo que os homens, mas como ganham menos e ainda tem que ficar de olho nos filhos enquanto trabalham eh pura exploração da mão-de-obra feminina. Mesmo assim elas se submetem a esse tipo de trabalho pesado pois ganham um pouco mais do que se fossem trabalhar como domesticas.

Muitas cobrem a cabeça com um véu enquanto trabalham, uns dizem que eh para proteger o rosto do sol, da poeira, areia, cimento etc, outros dizem que eh por vergonha, para não serem reconhecidas.
Mãos secas, pés rachados, pele envelhecida, eh muito triste ver as condições dessas mulheres que trabalham duro de verdade.

Observando-as já ha 8 anos e meio, sou agradecida pela vida que tenho. Não tenho condições de comprar um creme da Lancome ou da Christian Dior, mas pelo menos tenho um que comprei de oferta por 100 rupias (5 Reais) e não preciso carregar pedra e tijolos na minha cabeça o dia todo!

Incríveis Mulheres Indianas!

Você amiga e amigo blogueiro, participe dia 8 de marco, Dia Internacional da Mulher, de uma blogagem valorizando a mulher nos seus mais diferentes aspectos (mãe, esposa, trabalhadora, irmã, amiga, companheira, esportista, política, economista etc.)
Ai no ocidente as coisas podem estar bem e você pode achar o Dia Internacional da Mulher uma bobagem, mas aqui no oriente e na África a coisa eh muito diferente do que você pensa!

Fotos: Colaboração do Júlio de Almeida
Om Shanti

Kama Sutra no Sambódromo



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Namaskar
 
 
Esse ano o oriente esteve mais que presente na avenida (Carnaval).
Muitas referências à Índia: um dos momentos mais bonitos foi esse carro do Kama Sutra, levado pela Viradouro, onde os participantes, representando estátuas, iam trocando de posições, encenando o célebre livro sagrado do hinduísmo sobre erotismo e sexo.
Om Shanti

9 de fevereiro de 2008

Passeando pelas ruas da India

Vacas em Mumbai

Este eh o bairro de Colaba onde ficam os turistas mochileiros que vem para a India.

Ibirá na Índia - Parte 1

Namaskar

Fique agora com o primeiro depoimento do Ibirá que acaba de chegar na Incredible India e que vai ficar por aqui 2 meses e meio.

Quando meu avião pousou em Mumbai era uma da manha do dia 1 de fevereiro. Alguém deveria estar esperando por mim para me levar ao hotel no qual eu havia feito a reserva. Quando sai do aeroporto havia uma multidão de indianos com placas com nomes, mas nenhuma placa tinha meu nome, nem sequer com o nome to hotel. Foi quando um homem me abordou e perguntou pra que hotel eu iria. Na minha cabeça só ficava o que alguns de meus amigos indianos diziam: não confie em ninguém em Mumbai. Mas o que faria eu nessa hora? Foi então que disse ao homem o nome do meu hotel. Ele procurou em volta e também não viu meu nome nem o do hotel. Ele perguntou se eu tinha o telefone do hotel e disse que sim, e então ligamos para lá. Quando me atenderam no hotel e disse que era o Ibira do Brasil, o cara disse: "Ah! Brazil! Ronaldo!". E eu: "Aha". Ele então prosseguiu e disse que minha reserva estava só para após o meio dia, que eu não teria quarto se fosse aquela hora. Perguntei então o que fazer, e a brilhante sugestão que ele me deu foi ir pra outro hotel e no dia seguinte me mudar pro hotel deles. No fim das contas foi o que acabei fazendo, mas tive que "confiar" naquele indiano que, no fim das contas, descobri não ser confiável. Ele me arranjou um verdadeiro muquifo pra dormir, pelo qual paguei quase 3000 rupias, o equivalente a quase 100 reais, o que na Índia e absolutamente muito dinheiro, muito mesmo. Eu estava cansado, assustado e ainda não sabia como tratar os indianos. A verdade e que não ha maldade neles como ha no Brasil, eles só querem dinheiro de estrangeiros idiotas. No meu próximo relato contarei em que tipo de hotel eu poderia ter ficado com um diária de 3000 rupias.

Bom, no dia seguinte logo cedo sai de lá e fui pro outro hotel. O taxi que peguei cobrou de mim 300 rupias, o que fui descobrir que também e caro para os padrões indianos. O outro hotel, finalmente, foi bem mais barato e bem mais confortável, num lugar da cidade também menos amedrontador. Mas preferi ficar lá dentro durante todo o dia, já que eu ainda estava cansado e assustado com tudo e todos. Ficaria somente ate o dia seguinte, quando eu iria me encontrar com uma amiga brasileira no aeroporto. Para ir ao aeroporto, naquela outra manha, perguntei na recepção se eles poderiam chamar taxi ou algo assim - não tinha coragem de usar o riquixa ainda. Eles me disseram que eu poderia usar o transporte que o próprio hotel oferece para o aeroporto, que custaria o mesmo tanto que o taxi - 300 rupias. Eu aceitei, mas por alguma sorte do destino o carro não estava lá e eles me colocaram num taxi que, adivinhem, cobrou 100 rupias. Foi ai que as coisas começaram a fazer mais sentido pra mim. Encontrei com minha amiga brasileira no aeroporto e pude ver com ela exatamente como tratar os indianos e conseguir sempre o menor preço. E absolutamente muito fácil e os preços são realmente baixos se sabemos barganhar. Mas pra um estrangeiro de primeira viagem, idiota e cansado como eu, o primeiro dia de Índia foi assustador.

Meu próximo relato vira quando eu tiver acesso a Internet, mas adianto que o que se seguiu após isso foi absolutamente diferente e eu pude ter dias realmente maravilhosos aqui na Índia.

Om Shanti Om

Ibirá

8 de fevereiro de 2008

Experiências da Katarina na Índia - Parte 1


Relato de um encontro com um senhor muito cativante num trem:
Entrei no trem e me acomodei num de seus vagões. Sempre há uma dificuldade
inicial para se estabelecer no trem, pois é freqüente que os indianos sentem
em assentos que não são os seus, requerendo que nos dirijamos a eles para
que possemos enfim ter nossos devidos lugares. Neste processo tive o imediato
apoio de um senhor em meu vagão, o que me tranqüilizou, pois era alguém de
fácil diálogo e que poderia nos ajudar na lida com os demais tripulantes do
trem. Com a sua ajuda, logo estávamos todos bem acomodados.
Sua aparência era: forte, cabelos e barba longos e brancos.
Em termos de jeito, senti logo uma conexão entre a gente, por ele ser falante como
eu (risos...) e transbordante de energia no contato com o outro. Assim como eu,
este senhor usa a meditação para "acalmar" um pouco tamanha atividade. Porém, enquanto
eu só faço uso desta prática de forma "programada" no Centro Zen do Recife, este
simpático indivíduo me surpreendeu quando "parou para meditar" (literalmente!) em
em meio(!) (risos...) a um papo animado nosso. A razão: se emocionou ao me relatar
um de seus encontros em pessoa com o Osho (foi devoto do Osho). E dado que
ele "apagou" em profunda meditação (inclusive ficando em postura de lótus no
banco do trem!) ao meu lado, só me restou seguir seu exemplo, ao menos
tentando silenciar por pouco mais de meia hora, quando, enfim, ele sai de seu
"transe" e retoma seu papo animado comigo.

Este momento com este ser tão único, que achei fantástico, foi decididamente
um dos que mais me tocou espiritualmente falando. Espero que a imagem
desta divertida criatura, que estou disponibilizando para vocês, possa lhes dar
uma idéia da sabedoria, paz e alegria que senti e presenciei a seu lado. Por fim,
divido com vocês um de seus poucos relatos pessoais (pois não me falou seu
nome, tampouco me passou seu e-mail, solicitado por mim, revelando-me que
havia chegado a hora do desapego, inclusive de seus familiares): vivia com muito
pouco dinheiro, só para o necessário, viajando por cidades na Índia para realizar
contribuições sociais e "treinava", através da meditação, para chegar a um estado
que denominou de "that", por ser complexo de se nomear (para evitar
"limitações") e me forneceu apenas duas características para tal: ausência de esforços
e onipresença.
Diante do aviso inesperado da chegada a meu destino, despeço-me
do meu amigo, com palavras apressadas e um inglês mal formulado, saudando-o:
"I hope you get to meet "that" and I will be there with you". E no último instante
em que nossos olhos se cruzaram, refletiam sorrisos ao som de gargalhadas
recíprocas. E percebo, logo após, que sua intenção de desapego não funcionava
para mim: desde o primeiro momento em que nos percebemos ficou registrado
para sempre em minha mente e em meu coração o nosso encontro. Revivo-o nas
lembranças com um saudosismo de ter sido gratificante e não poder reprogramar
o "bis" (reencontro). Restando apenas a reflexão de que por trás da espiritualidade
e arte divinamente bela deste povo, estão as pessoas que lhes dão "vida".

Ana Katarina Campelo

Foto: Katarina e o senhor do trem

Incredible India!

Om Shanti

KRRISH

II Mostra de Filmes de Bollywood em Sampa


Namaskar

De 7 a 17 de fevereiro, acontece em São Paulo, a II Mostra de Filmes de Bollywood.

Cinemateca Brasileira, Largo Senador Raul Cardoso, 207 próxima ao Metro Vila Mariana, São Paulo.

A programação você pode ver aqui: http://www.bollywoodbrazil.com/festival.html

Você que mora em São Paulo, NÃO PERCA esta oportunidade. Eu, Sandra, recomendo!!!!


***

Você já conhece o ditado “Santo de casa não faz milagre”,

mas no caso aqui da Índia eu acrescento - não faz milagre

mesmo!!!!

É inacreditável como a maioria dos indianos rejeitam quase

todos os gurus que fizeram fama no ocidente inclusive Maharishi

Mahesh Yogi.

Ontem o jornal The Times of Índia trouxe uma chamada

no fim da primeira pagina falando sobre a morte do

guru dos Beatles.

Hoje a morte de Maharishi Mahesh Yogi aparece

novamente na primeira pagina, porem

na parte de cima num quadradinho em destaque

onde se lê: “Tributes to Maharishi

Mahesh Yogi pour in from around the world.”

Pessoas de varias parte do mundo

escreveram para o jornal prestando homenagem

ao finado guru; assim sendo, o jornal

publicou uma reportagem na pagina 16.

O que eu quero chamar a atenção é para o fato

de que o guru voltou hoje a primeira

pagina porque as pessoas de outros países escreveram

e não porque os indianos gostassem

dele ou sentissem falta do guru falecido.

Os gurus que vão para o ocidente mantém a

indumentária indiana e os rituais porem

sua retórica eh adaptada ao ocidente. Isso eh um

fato normal e necessário pois assim

fica mais fácil para a cultura ocidental absorver

alguns ensinamentos hindus. A ioga, a

ayurveda e o hinduismo ensinados ai no ocidente

são transformados e adaptados para o

gosto ocidental; o melhor exemplo disso eh o Tantra

que no ocidente eh algo totalmente

diferente do verdadeiro Tantra indiano.

Os ocidentais acabam acreditando que sabem tudo

sobre a Índia e o hinduismo quando

na verdade sabem muito pouco a respeito, a visão

ocidental eh que a maioria dos indianos

praticam ioga, ayurveda, fitoterapia, são vegetarianos

e tantas outras distorções que

quando aqui vem ficam decepcionados.

Assim como o governo indiano filtra certas informações

para que o ocidente não descubra

certos aspectos de sua cultura, os gurus também filtram

seus ensinamentos adaptando-os

ao gosto ocidental.

Poucos sabem ai no ocidente que o famoso líder budista

Dalai Lama não eh vegetariano e

que para explicar seu consumo de carne ele cunhou o

termo “semi-vegetariano”.

Mas o que vem a ser um semi-vegetariano??? Segundo

Dalai Lama, semi-vegetariano

eh a pessoa que como ele, consome carne em uma

refeição (almoço) e somente vegetais

em outra (jantar).

Existem fatos e noticias que não chegam ate ai ou

chegam deturpados, mas não se

preocupe pois o Indi(a)gestão existe para esclarecer

tudo e transforma-lo de leigo à sábio :)

Incredible Índia!

Om Shanti